quinta-feira, 2 de outubro de 2008

CADAVER EXQUISITO IX

Dom Alberte girou sobre si mesmo e dou dous passos alonjando-se de Giana. A capa que levava, ainda sendo densa e pesada, ergueu o voo por uns intres.
-Desata-a, Dinis!
Comprobara que o seu coitelo estava na funda. Umha faca de máis de umha cuarta da que nunca se desfacia. O seu último resorte defensivo. Ele nom era home medoso, nom. Máis aquela visita inesperada incomodava-o.
- Já era hora, joder- berrou Giana - já estou um pouco cansa desta broma. Si, si, tem grácia....venha, onde está a cámara?
- Revisastes as súas cousas?
- Si, meu senhor. Estam todas aqui: umha caixa metálica, e mais um colgante de meiga.-Respondeu Dinis
Dom Alberte mirou o colgante sem moito interese: umha peçinha de cerámica, de cor azul e branca, coa forma dum trisquel. Que extranho!- pensou- nunca antes vira a umha meiga fazer ostentaçom da sua condiçom com tanta naturalidade. Ele, no fundo, respeitava todo aquel conhecemento que a Igreja tentava eliminar do mapa aos puquinhos. Nunca mal lhe fixera a mágia das ervas, máis todo o contrário. Pero tinha que cuprir co bispo e toda a sua caravana de samesugas, pensava... Eles eras os seus protectores. Eles guardavam o segredo da sua verdadeira história. Da história da sua familia. A rapaza seguia falando, zoando como um milheiro de moscas mentres ele examinava com detimento...
A caixa metálica estava moi bem pulida. Tinha números gravados, do 1 ao nove, e letras latinas dum tipo que nunca antes vira. Ele já olhara pessoalmente algum livro impreso coas novas técnicas que vinheram do norte de Europa, um home cultivado como el nom era fácil de sorprender. Sem embargo, nom conhecia algum dos símbolos na caixa, que seguiam aos números... Umha estrela de 6 puntas, e mais umha outra forma que lhe lembrava ás runas escandinavas que lhe ensinara seu avó...
- Ei! Já está bem! Devolvede-me as minhas cousas!! Estou-me cansando!!! - Dixo Giana
- Que fazias no meu paço? - Preguntou Dom Alberte. Os seus beizos estavam apretados, a ira ia em aumento....
- E ti quem es? Dark Beider? A capa está um pouco porca, devias de...
Nese intre, e sem mediar palavra, Dom Alberte girou como um ráio, coa mam extendida e os músculos contraidos, em tensom. A capa voou moito máis alto, mentres o anverso da mam bateu com força na cara de Giana, deixando-lhe gravado na façula o seu selo de ouro. Umha lembraça que lhe deixara o seu avó, antes de finar. Giana caiu hacia atrás, bateu de cóstas contra o cham. Ropeu a sangrar polos beizos. A sua faze mudou instantáneamente, pasou a ter um rostro descolocado, surprendido, sobrecolhido. Limpou o sangue, e calou mentres olhava para Dom Alberte com medo de morte. Óbviamente, estava em problemas, e era melhor colaborar.
- Que fazias no meu paço?- Repetiu Dom Alberte. Agora estava de frente. A capa deixava ver o o seu enorme coitel, que asomava por riba do cinto de coiro.
- Nós so queriamos explorar, nom queriamos roubar nada, de verdade, pensamos que o paço estava abandoado...
- Nós? Quem som os outros? - interrumpiu Dom Alberte
- Meu moço, Xacobe, e eu.
- Buscade em todo o paço e a fraga!!! - berrou Dinis dirigindo-se aos guardas que estavam na sala, e anticipando-se ás ordes de seu senhor. Isso deixou-nos a el, Dom Alberte e Giana sós na sala.
- Que procuravades? - dixo Dom Alberte.
- Eu nom, Xacobe, Xacobe queria vir visitar o paço... bom, umha parvada....Xacobe di que Colom e os seus desdendences viviram aquí. Ele nom era Genovés, sabe?

Um suor frio caeu polas costas de Dom Alberte. Como podia ser? Botou a man ao coitelo, devia terminar com ela.
- Quem máis sabe isso? - Esta era a última pregunta que Giana ia escoitar na sua vida, pensou Dom Alberte.
De supeto, a caixa que deixara enriba dumha mesa, moveu-se... rugiu... botou luzes de cores. Umha vez, logo outra....... Dinis estava aterrado, paralizado. Os dous homens ficarom abraiados mirando como aquela peça metálica se movia se desliçava sobre a madeira, mentres rugia e gritava de forma aguda. Ninguem fixo nada, excepto Giana, que se erqueu como puido e fugiu cara á porta. Dom Alberte nom dava crédito ao que via...nos seus 56 anos de vida nunca olhara tal. Dinis sabia ler amodinho, anos de serviço com Dom Alberte serviram lhe ponher moi por riba de calquer outro soldado ou servinte naquelas terras. No borde da caixa mágica alcançava a albiscar: E-R-I-C-S-S-O-N

- Estúpidos!!!- Don Alberte mirou ao seu redor. - Fuxiu!!!! Avisade a todos os homens!!!

Mentres corria, Giana nom compredia porque aqueles individuos ficaram tam abraiados mirando ao seu movil, pero dava graças a Deus que o espertador soara justo naquel intre....

6 Comments:

Marta said...

Hahaha, que simpatico o do Nokia! Supoño que xa que se vai alternado a historia, agora tocará o turno de saber onde están e que fan o Xacobe e anselmo.

O'Chini said...

Bom, mudei Nokia por Ericson no texto, é-che o mesmo, pero Dom Longueirom seguro que lhe há dar algumha volta ao assunto, :P

Marta said...

Por que? pagabanche millor a publicidade os de Ericson ou é que o K era fodido de ler naquela época? Hehe. Eu paso de cambiar o da maza do s XI, haha, ahí quedará para a posteridade.XD

Gonzalo Amorin said...

Muito bo! hehehe!! Pero eu lim Ericson e nom Nokia!! Que cousa! Eu pensara que os fundadores da companhia telefónica eram dos Monteira Furada! hehehehe!! Pois a seguir dando-lhe.

O'Chini said...

Hei Marta, eu tinha pensado umha explicaçom para o da maza do XI, o que passa que nom me dou tempo, era tarde, pero já vira...hehe.... a ver se atamos todo...

Gonzalo Amorin said...

Contra! Mudaches Nokia por Erikson! Ah!!! Agora si...entendera mal. Ups!!!