segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Péndulo duplo



Um par de ferros e dous eixos de alto rendimento. Com isto basta para gerar movimentos caóticos, que nos lembram um ser vivo, com vontade. Nom hai trampa nim cartom: nom hai motores, só a gravidade. Tirado de: www.microsiervos.com.

INDEPENDÊNCIA.

O home é um ser político por definiçom, já que o ter que respetar-nos uns aos outros, isto é, a sociedade, obriga a que se tenham que desenvolver umha serie de normas de convivência que nos permitam viver mais ou menos bem. Entom ai nasce a política. Todos somos políticos, qualquera decissom que tomemos é política, desde mercar algo num sitío ou noutro até sentir-se mais dum sítio que de outro. A vida em convivência implica que toda decissom que tomemos interfirirá com a dos demais. Pero que passa quando essa forma de conportar-se, de entender o mundo é semelhante entre um importante número de persoas? Pois que xordem ideosincrásias, xordem os povos, xordem as naçons. Nom devemos cair no erro de demoniçar a política, isso sempre lhe interesou ao poder. A política é umha ferramente valiosíssima que o povo debe utilizar e cuidar, valoriçando-a e respeitando-a. (Já o Gram Marrau do noroeste de Espanha chamado Franco dizia «haga usted como yo y no se meta en política», que cada um tire as suas própias conclussons ao respeito). Eu penso que ao poder nom lhe interessa que a gente entenda, que se comprometa com algum projecto, que se sinta dum grupo, dum povo. Aquí observamos o aumento do individualismo, do egoismo, do consumismo e o perigo conseguinte dos estremismos fascistóides. Em conclussom, a política fai-nos ante todo humanos, mais livres e mais solidários.

A Declaraçom dos Dereitos Humanos recolhe num dos seus artigos o dereito dos povos a autodeterminar-se, podemos discutir a forma de conseguir essa autodeterminaçom, pero nunca o dereito democrático desses povos, se assim o querem, a autodeterminar-se como lhes pete. Se a escolha é a independência nom há nada que discutir. Se a vontade popular de esse povo é maioritária e democráticamente independentista, inexoravelmente o único caminho que lhes resta é a independência. Falo de democracia nom só num sentido electoralista senom tamém desde umha perspectiva na que um povo e entendido como tal por todos os seus integrantes, isto é, onde cada persoa se sinte unida irremediavelmente ao conjunto que a arroupa solidaria e reciprocamente. Qualquer chata que se lhes imponha há ser inequivocamente antidemocrática e repressiva, polo que as formas de contestaçom podem ser mui variadas e, até, violentas. Galiza é umha naçom, diga quem o diga, e tamém para quem diga o contrário, é um feito que mesmo a última Constituçom espanhola recolhe eufemisticamente na palavra «nacionalidade», logo engáde-lhe «histórica», que desde o meu ponto de vista, longe de restar-lhe pesso ou importância ainda lho dá mais. Galiza é umha naçom sem Estado, umha naçom reconhecida pola Sociedade de Naçóns, precursora da ONU, no primeiro terço do século XX. Um naçom sem Estado é umha naçom sem estrutúra política organizativa própria - e nom me refiro à Junta - que lhe permita autoorganizar-se. Este feito chama a atençom, se miramos cara mui atrás na nossa história, comprovamos que fumos o primeiro reino medieval occidental europeu logo da descomposiçom do Império Romano. Isto é, fumos os primeiros europeios em ter umha estrutúra política de seu – e polo tanto os primeiros europeios – na que curiosamente coincidiam naçom e Estado (por suposto ningumha destas categorias poderiam ser aplicáveis ao momento pero si desde a nossa perspectiva). Com isto quero dizer que o lógico, na origem dos povos, é que naçom e Estado coabitem espontamente. Hai umha palavra que define mui bem o contrário: Imperialismo; umha naçom forte expande-se e impom o seu Estado. Curiosamente, Galiza mesmo perdeu a batalha da história, tanto nos seus processos como na, irremediavelmente subxectiva, veracidade que fai acto de ausência na meirande parte dos manuais. Falam de história comúm com Espanha, que é innegável, mais umha história falseada e manipulada por umha historiografia espanhola que nom podia aturar que na origem da sua naçom se coase Galiza. Que história tivo Galiza? Que ocorre, que existimos e pensamos como pensamos por obra e graça da santíssima providência? Nom! Por suposto que nom. Somos o que somos pola nossa história e polo jeito de relacionar-nos com o nosso entorno, de isso nasce a língua, a música, a literatura, a forma de enfrontar-nós ao mundo…

Os galegos somos atlánticos, europeios, precursores da europeidade. Nom me interessa um organismo supraestatal neoliberal que encardine umha série de normas legáis se nom emanam dum consenso realmente democrático. Que Europa funcione agora como o acubilho dos neocapitalistas mais feroces nom dá cabida a Europa dos povos, assim como galego nom tenho ne-la cabida. O independentismo galego – logo, todos os nacionalistas, e senom que mudem de nome – é europeista. Os nacionalismos europeios som a origem da Europa tal como a entendemos agora, tal como existe agora; som a expressom dos povos de Europa. As tenssom entre estes povos configurou um cenário histórico europeio que nom fai falha que enumere aqui. A acomodaçom dos pessos políticos específicos das nacionalidades creou um mapa de paises divididos entre os vencedores e os vencidos, Galiza ficou no segundo grupo. A sensateça do evoluir e o medo a repetiçom das cruentas guerras encarrilou o processo da uniom, pero umha uniom que nom tivo em conta a opiniom das naçons sem Estado, que permanecerom esquecidas e humilhadas desde as suas respeitivas metrópoles. Eu nom quero ser europeio como espanhol, eu quero ser europeio como galego. Galiza, se assim o queremos os galegos - é umha cuestom de benestar e supervivência - tem dereito a ser europeia por si mesma. Tem dereito a ceder esse poder a Europa, esse poder que cedem os estados. Por que tem que decidir Espanha por nós? Que significa isso de que a nossa própria toma de decissom é «inútil»? Porque nisso consiste a indepedência. Somos um povo mediocre que necesita da tutela dum povo superior? Quando fuxamos dessa maldita autogenreira, que nos afecta em todos os aspeitos da nossa vida, ficaremos livres da tea que nos cubre os olhos.

A independência da nossa Terra nom significa «cavar unha zanja e plantar un muro», o certo é que essa aseveraçom é tendenciosa, manida e até pueril. É um dos argumentos de sempre da estrema dereita espanholista, lembra-me a Fraga Iribarne nos seus tempos galaicos argumentando que os do Bloque o que queriam era ponher a muralha de Lugo no Cebreiro. Um discurso carente de toda credibilidade política, antidemocrático e demagógico.

Os independentistas o que queremos é umha Galiza com decissom de seu. Sabemos que nom somos a maioria da sociedade galega e que para os nossos proxectos vitais o ter chegado a esta conclussom vai ser motivo de dificultades, discriminaçom, incompressom, etc. Somos umha minoria, pero altamente concienciada e preocupada, quado menos politizada. Acadamos essa conclussom fruto de muita meditaçom e nom por motivos exclusivamente románticos (que tamém). Chegados a este ponto, vou-me permitir umha reflexom ainda a risco de cair num certo elitismo, entom agora a pregunta é: está a gente informada? Preocupa-se a gente polo que mais lhe convém? Entende a gente de política? Sendo possitivo e pensando que si, entom nom poderia conprender os motivos da situaçom actual.

Galiza pode ser independente como qualquer outra parte deste inmenso mundo. Múrcia pode reclamar a independência, Albacete ou o Essex da Grande Bretanha, ainda o Algarve português, pero nem isso fam, nom se lhes passa aos seus habitantes reclamar tal cousa. E isso é assim porque habitam na sua naçom e estam cómodos ne-la. Pero quem lhes pode negar esse dereito democraticamente? Niguém!

Galiza existe como naçom, e umha das provas que o demostram é que umha parte significativa do seu povo escolhe o nacionalismo, e polo tanto a independência, como opçom política. De chegar a independência enfrontaremos-nos ao momento no que Galiza mais se abra a Europa e ao mundo, porque poderá, ao fim, expresar-se livremente, ao cento por cento.

Por todo isto e muito mais eu som independentista.

Viva Galiza ceive!
Saude e Pátria!

QUE COUSINHAS TEN O GOOGLE....

Agora imos seguir unhas sinxelas instruccións:

INSTRUCCIONS:

1. ABRIR: GOOGLE.es
2. ESCRIBIR: no encuentro la pagina de los cojones (literalmente)
3. NON LLE DEADES Ó ENTER, PULSADE SOBRE 'Voy a tener suerte'
4. MIRA DETIDAMENTE O QUE CHE DÍ
5. LEE AMODINHO O RESULTADO
6. JAJAJA!! CASI PAGA A PENA IMPRIMILO.



¡¡¡¡Outro aplauso para o GOOGLE!!!!

Independencia e pulpo a feira

Resultame curioso que as veces falando con amigos e coñecidos encontrome con algún ou algunha que se autoproclama independente e que quere a a independencia para Galicia.Pareceme unha opción moi válida a cal respeto pero non comparto, e non porque non me guste senon porque me parece algo inútil.
Enton chegados a un punto eu preguntolle ¿E que significa que Galicia sexa independente?, a primeira resposta soe ser "pois que sexa independente", a segunda tras reincidir eu na pregunta soe ser"que non dependa de España".
Dándolle voltas ó asunto eu empezo a pensar e digo:Pero vamos a ver,a maioría das normas no modelo actual non nos veñen impostas dende o Estado español e dicir se ó veciño de Guitiriz o multan por excederse da cuota lactea é porque as directivas e reglamentos da Unión Europea así o dín;Se Batasuna foi considerado unha formación ilegal foi tamén porque asi o dixo o Tribunal Europeo dos dereitos Humáns de Estrasburgo;A Uníon europea é a que dicta a maioría das normas en materia de regulación de costas(é dicir se podes ou non costruir un chalé na ría de Noia dicho o Parlamento europeo.Dentro de pouco acabarán por dicirnos como se prepara o pulpo a feira(están en marcha varias directivas en materia de nutricción).Estes son so algúns dos exemplos pero hai moitos máis.Pretendo dicir con elo que España como estado perdeu o forte das súas competencias,hoxe en día vamos cara un proceso de concentración de poder na Comunidade Europea na que os países involucrados ceden as súas competencias.¿Convenlle a Galicia aislarse de europa? eu penso que non, é máis, nunca llo oín dicir a ningún político que se autoproclama independentista.
En conclusión,tanto os que dín que "España se rompe" como os que proclaman a "independencia" para certas Comunidades autónomas deberían pensar máis aló e non sei que me dá que tras estas proclamas( sobre todo cando veñen de políticos) hai certos intereses económicos ou electoralistas.Eu a única forma de independencia que vexo hoxe en día e cavar unha zanja e plantar un muro así de paso si que poderemos dicir que "España se rompe".

domingo, 29 de novembro de 2009

Bono: "Yo no soy un asesino y Pinochet, que lo era, comulgaba'

ABORTO: Manifiesta su tristeza por la posición de la Iglesia

Bono, a su salida del acto de clausura del X Congreso de Escuelas Católicas. | Efe

Pode ser mais hipócrita a igreja?
http://www.elmundo.es/elmundo/2009/11/28/espana/1259419316.html

sábado, 28 de novembro de 2009

Por deus, que seja Batman!!



Hehe...boissimo!

Um pouco de humor! Hehehehehe!!!!!

Ideas para os que nom tenhem nada que fazer : Que fazer con umhas moscas mortas?

1º Matas umhas moscas, com cuidado.

2º Deixa-las secar ao sol durante 1 hora.

3º Colhes as moscas, apanhas um lapis e um papel...e a deixar fluir a tu imaginaçom!

Algúns exemplos:



















P.D: Coitadas moscas! Pero eu partir-me com a risa!!! Que farta de rir!!

Políticos...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

El clima o las uñas, motivos según Intereconomía para que en África no se repartan condones


La cadena de TV defiende la tesis de la Iglesia. En África no se hacen la manicura y podrían rasgar los profilácticos.
http://www.xornal.com/artigo/2009/11/27/sociedad/clima-unas-motivos-intereconomia-africa-no-repartan-condones/2009112718103742622.html

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A dignidade de Catalunya

Lede esta editorial publicada por igual na meirande parte dos jornais catalás. Que orgulho pra eles! Imaginades ao Faro, Retroceso de Lugo, Coz de Caliza, e demais panfletinhos fazendo algo assim? Por suposto que nom! Visca Catalunya!

Después de casi tres años de lenta deliberación y de continuos escarceos tácticos que han dañado su cohesión y han erosionado su prestigio, el Tribunal Constitucional puede estar a punto de emitir sentencia sobre el Estatut de Catalunya, promulgado el 20 de julio del 2006 por el jefe del Estado, rey Juan Carlos, con el siguiente encabezamiento: "Sabed: Que las Cortes Generales han aprobado, los ciudadanos de Catalunya han ratificado en referéndum y Yo vengo en sancionar la siguiente ley orgánica". Será la primera vez desde la restauración democrática de 1977 que el Alto Tribunal se pronuncia sobre una ley fundamental refrendada por los electores.

Estatut, Estado, Tribunal Constitucional, Cortes Generales, Constitución, Poder Judicial, Roberto García, Partido Popular, Pablo Pérez Tremps, Unión Europea, Juan Carlos, Generalitat, José Luis Rodríguez Zapatero, PP, Calvo.

La expectación es alta. La expectación es alta y la inquietud no es escasa ante la evidencia de que el Tribunal Constitucional ha sido empujado por los acontecimientos a actuar como una cuarta cámara, confrontada con el Parlament de Catalunya, las Cortes Generales y la voluntad ciudadana libremente expresada en las urnas. Repetimos, se trata de una situación inédita en democracia. Hay, sin embargo, más motivos de preocupación. De los doce magistrados que componen el tribunal, sólo diez podrán emitir sentencia, ya que uno de ellos (Pablo Pérez Tremps) se halla recusado tras una espesa maniobra claramente orientada a modificar los equilibrios del debate, y otro (Roberto García-Calvo) ha fallecido.

De los diez jueces con derecho a voto, cuatro siguen en el cargo después del vencimiento de su mandato, como consecuencia del sórdido desacuerdo entre el Gobierno y la oposición sobre la renovación de un organismo definido recientemente por José Luis Rodríguez Zapatero como el "corazón de la democracia". Un corazón con las válvulas obturadas, ya que sólo la mitad de sus integrantes se hallan hoy libres de percance o de prórroga. Esta es la corte de casación que está a punto de decidir sobre el Estatut de Catalunya. Por respeto al tribunal –un respeto sin duda superior al que en diversas ocasiones este se ha mostrado a sí mismo– no haremos mayor alusión a las causas del retraso en la sentencia.

La definición de Catalunya como nación en el preámbulo del Estatut, con la consiguiente emanación de "símbolos nacionales" (¿acaso no reconoce la Constitución, en su artículo 2, una España integrada por regiones y nacionalidades?); el derecho y el deber de conocer la lengua catalana; la articulación del Poder Judicial en Catalunya, y las relaciones entre el Estado y la Generalitat son, entre otros, los puntos de fricción más evidentes del debate, a tenor de las versiones del mismo, toda vez que una parte significativa del tribunal parece estar optando por posiciones irreductibles. Hay quien vuelve a soñar con cirugías de hierro que cercenen de raíz la complejidad española. Esta podría ser, lamentablemente, la piedra de toque de la sentencia.

No nos confundamos, el dilema real es avance o retroceso; aceptación de la madurez democrática de una España plural, o el bloqueo de esta. No sólo están en juego este o aquel artículo, está en juego la propia dinámica constitucional: el espíritu de 1977, que hizo posible la pacífica transición. Hay motivos serios para la preocupación, ya que podría estar madurando una maniobra para transformar la sentencia sobre el Estatut en un verdadero cerrojazo institucional. Un enroque contrario a la virtud máxima de la Constitución, que no es otra que su carácter abierto e integrador.

El Tribunal Constitucional, por consiguiente, no va a decidir únicamente sobre el pleito interpuesto por el Partido Popular contra una ley orgánica del Estado (un PP que ahora se reaproxima a la sociedad catalana con discursos constructivos y actitudes zalameras). El Alto Tribunal va a decidir sobre la dimensión real del marco de convivencia español, es decir, sobre el más importante legado que los ciudadanos que vivieron y protagonizaron el cambio de régimen a finales de los años setenta transmitirán a las jóvenes generaciones, educadas en libertad, plenamente insertas en la compleja supranacionalidad europea y confrontadas a los retos de una globalización que relativiza las costuras más rígidas del viejo Estado nación. Están en juego los pactos profundos que han hecho posible los treinta años más virtuosos de la historia de España. Y llegados a este punto es imprescindible recordar uno de los principios vertebrales de nuestro sistema jurídico, de raíz romana: Pacta sunt servanda. Lo pactado obliga.

Hay preocupación en Catalunya y es preciso que toda España lo sepa. Hay algo más que preocupación. Hay un creciente hartazgo por tener que soportar la mirada airada de quienes siguen percibiendo la identidad catalana (instituciones, estructura económica, idioma y tradición cultural) como el defecto de fabricación que impide a España alcanzar una soñada e imposible uniformidad. Los catalanes pagan sus impuestos (sin privilegio foral); contribuyen con su esfuerzo a la transferencia de rentas a la España más pobre; afrontan la internacionalización económica sin los cuantiosos beneficios de la capitalidad del Estado; hablan una lengua con mayor fuelle demográfico que el de varios idiomas oficiales en la Unión Europea, una lengua que en vez de ser amada, resulta sometida tantas veces a obsesivo escrutinio por parte del españolismo oficial, y acatan las leyes, por supuesto, sin renunciar a su pacífica y probada capacidad de aguante cívico. Estos días, los catalanes piensan, ante todo, en su dignidad; conviene que se sepa.

Estamos en vísperas de una resolución muy importante. Esperamos que el Tribunal Constitucional decida atendiendo a las circunstancias específicas del asunto que tiene entre manos –que no es otro que la demanda de mejora del autogobierno de un viejo pueblo europeo–, recordando que no existe la justicia absoluta sino sólo la justicia del caso concreto, razón por la que la virtud jurídica por excelencia es la prudencia. Volvemos a recordarlo: el Estatut es fruto de un doble pacto político sometido a referéndum.

Que nadie se confunda, ni malinterprete las inevitables contradicciones de la Catalunya actual. Que nadie yerre el diagnóstico, por muchos que sean los problemas, las desafecciones y los sinsabores. No estamos ante una sociedad débil, postrada y dispuesta a asistir impasible al menoscabo de su dignidad. No deseamos presuponer un desenlace negativo y confiamos en la probidad de los jueces, pero nadie que conozca Catalunya pondrá en duda que el reconocimiento de la identidad, la mejora del autogobierno, la obtención de una financiación justa y un salto cualitativo en la gestión de las infraestructuras son y seguirán siendo reclamaciones tenazmente planteadas con un amplísimo apoyo político y social. Si es necesario, la solidaridad catalana volverá a articular la legítima respuesta de una sociedad responsable.

Kosmogonías


Ese é o título do novo traballo de Berrogüetto (e xa van 5)... velaí vos deixo a ligazón coa estrea do disco, a Danza de Meirol



que vos parece?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Fatueiro


Contra. Preposición. Contra a contra, prebe.
Escépticos autóctonos, únicas fotocopias.
Alucinados vermes sen miolo nin codela aprenden lumes sen pitolas
Cal seo de Venus, disputas as horas, fanáticas e lúbricas
Os ruidos, o pouso, o sabor intenso, a porta que racha, os alpendres.
Quen anda no fatueiro? Non me da o sono.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Autobombo




E porque non teño vagar para entrar ao trapo en poustes anteriores (socialism), pero deixade que xa.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Interesante entrevista ó profesor Carlos Pereira Menaut hoxe no correo galego

O experto en Dereito Constitucional Antonio Carlos Pereira Menaut impartirá o mércores na Coruña a conferencia "Galicia e Escocia: Unha análise comparativa de autogoberno". A actividade forma parte da nova programación do Instituto Galego de Estudos Europeos e Autonómicos (IGEA), que preside o nacionalista Anxo Quintana, para esta temporada. Será ás 20.30 horas, na Aula de Cultura que Caixa Galicia ten na cidade herculina.

Máis alá de raíces comúns celtas e culturais, realmente Galicia e Escocia son parecidas?

Temos músicas celtas e aspectos comúns no folclore. Ademais, tanto Galicia como Escocia son en certa maneira terras asoballadas. En ambos os lugares, unha cantidade especial de xente meteuse no exército por pobreza. Tamén compartimos a emigración, un certo pesimismo e saudosismo, os efectos da deseindustrialización (moito máis graves para eles),...

No eido do autogoberno, está mellor Galicia ou Escocia?

En xeral, eles gáñannos por goleada, aínda que teñen un gran problema co financiamento. No verán, os escoceses acordaron ceibar un famoso preso acusado dun atentado; pois ben, nin Galicia nin outra comunidade ten tales competencias. Ademais, o vindeiro día 30, Santo André, patrón de Escocia, o Goberno vai propoñer un referendo de independencia (entendida ó seu xeito, claro). Ningunha comunidade en España ten facultades para promover algo así.

Xa vimos varios casos...

Si, e ilegalmente, con todos os problemas coñecidos. Á parte diso, en Escocia hai cousas que para eles son moi naturais, acadadas incluso antes da autonomía. Teñen policía, xustiza, xudicatoria propia, colexio de avogados propio, educación propia, igrexa nacional propia, da que a Raíña non é a cabeza... Nós estamos moi lonxe.

É Escocia un modelo no que nos deberiamos de fixar?

Escocia está no Reino Unido, pero se estivera noutro estado máis centralista non tería mantido estas competencias. O modelo non está só en Escocia (que tamén pode estar), senón no marco constitucional, no tipo de relación que mantén co poder central, moi distinto da relación de calquera comunidade española co seu. En España, nin por convenencias económicas se lle deixaría a unha comunidade capacidade para tomar unha decisión como a recente de Escocia na citada liberación do terrorista vello ou doente. O Goberno británico tardou moito en darlle a autonomía a Escocia e a Gales, pero unha vez dada, non se toca. Non obstante, aquí, hoxe vemos intentos de recentralización.

Por que España ten tantas reticencias a que as comunidades teñan máis autonomía?

Aquí hai non só un certo Dereito Constitucional senón unha cultura política. Desde sempre, España tivo un Estado moi centralista e hai tamén tendencias na opinión pública ás que lles molesta todo o que sexa diferencia ou pluralismo, aspirarían a unha España non unida senón tamén uniforme. Ademais, nos últimos anos hai unha impresión estendida de que as comunidades xa teñen tantos poderes que está España a piques de romper. Isto, comparado cos casos que se dan en Escocia (e nos USA, Canadá, Alemaña e outros), non se mantén en pé, e non obstante houbo sectores nos que callou aquela idea.


Os nacionalistas insisten en que canto máis autogoberno mellor lle irá á comunidade. Para que lle serve a Galicia?

En España é moi habitual que, incluso partidarios do autogoberno, digan que o queren por razóns políticas, sentimentais..., pero económicas non, porque o federalismo ou a autonomía implica máis gasto. O centro de investigación suízo BAK fixo un estudo encargado pola Asembla das Rexións Europeas que demostra que o autogoberno favorece o crecemento económico. Logo, a opinión pública española leva o reloxo fóra de hora porque por aí adiante considérase que o autogoberno debe ser algo moi habitual, non dogmático.

Se tiveramos máis autogoberno, a crise sería menor?

A experiencia española di que controlar un os seus poderes tributarios, como Navarra e o País Vasco, é bo, e depender sempre de fóra é negativo. Ademais, aínda que a crise sexa mundial, hai cousas que pode facer unha comunidade con máis autogoberno, igual que pode facelas un estado membro da UE. Tamén son interesantísimos os exemplos dalgúns pequenos estados do leste de Europa que entraron na UE. Varios son obxectivamente menos importantes que Galicia e non son literalmente independentes, pero dispoñen deles e son membros da UE en igualdade teórica, o que fixo aumentar a súa prosperidade. O autogoberno non debe de ser tan malo, especialmente se se combina con maior participación na UE.

Algo que lle falta a Galicia....

É importante aumentar a participación de Galicia na UE, ter acceso máis directo. As liortas territoriais españolas son un pouco miopes; fálase como se o mundo dependera só das discusións Madrid-periferia, pero esta é unha visión pouco realista ademais de anticuada. Probablemente tras o Tratado de Lisboa, a UE colla pulo de novo e calquera cousa seria sobre Galicia ou calquera outro ente subestatal hai que situalo nun mundo que ten polo menos tres niveis: autonómico, estatal e europeo.


A reforma do Estatuto de Autonomía galego é urxente?

Reformar os Estatutos está ben, e se todas as comunidades andan a reformar os seus non ten sentido que Galicia se empeñe en non facelo. Pero o cambio debe empezar por unha reforma da Constitución, xa que por moito que un reforme o Estatuto e se autoatribúa competencias, se a Constitución non as concede non serve de moito. Eu reformaría primeiro a Constitución, nun sentido federal e máis claro.

Que papel está a xogar o actual goberno da Xunta de cara a conseguir maiores cotas de autogoberno?

A impresión (non máis que unha impresión) percibida dende fóra, basicamente dende os medios, é que as súas prioridades non pasan ante todo por Galicia nin pola UE; ou polo menos iso parece. É como se houbera un certo afastamento do modelo fraguiano neses eidos. Pero hai que deixar que pase o tempo, porque unha lexislatura son catro anos.

O PERFIL Antonio Carlos Pereira Menaut (Santiago de Compostela, 1948), ten investigado, como xurista, o proceso de constitucionalización da Unión Europea. Tamén se ocupa de Teoría Política, Teoría Constitucional, Constitucionalismo Comparado -sobre todo inglés-, e Federalismo, Autonomía e organización territorial. É profesor titular da Universidade de Santiago de Compostela na área de Dereito Constitucional. Tamén é director da Cátedra Jean Monnet de Dereito Constitucional europeo. Está casado con Consuelo Sáez Díaz, profesora de Matemáticas na Universidade da Coruña. Ten oito fillos e outros sete netos.

domingo, 22 de novembro de 2009

Queredes Socialismo???

Hai pouco chegou iste texto ó meu correo:
Un reconocido Profesor de Economía de una Universidad relató que él nunca había suspendido a ninguno de sus estudiantes, pero que en una ocasión tuvoque suspender a la clase entera. Cuenta que en esa clase los alumnos insistían en que "el Socialismo SI funciona", que en ese sistema no existen ni pobres ni ricos, sino que todos alcanzan una feliz igualdad. Total igualdad para el Pueblo. El Profesor les propuso entonces a sus alumnos realizar un experimento paraese Año Escolar, sobre "El Socialismo". Todos aceptaron.
Para que todos fueran Socialistas, o sea para que hubiera igualdad, lasnotas que obtuvieran los miembros de la clase serían promediadas, a fin deque todos los estudiantes recibieran una misma calificación, o sea, seríauna clase "socialista". De esta forma, para el primer examen (como es habitual), algunos estudiantes estudiaron mucho, otros estudiaron más omenos, y otros no estudiaron casi nada. Se calificaron los exámenes, setomaron las notas de todos, y fueron promediadas. El promedio de la clasefue 7. Los estudiantes que se habían preparado muy bien, quedaron muydesconformes mientras que los que estudiaron poco o nada, estaban felices.Pero todos con resultados iguales = 7 puntos a cada alumno = "Socialismo". Cuando presentaron el segundo examen, los estudiantes que anteriormentehabían estudiado mucho, decidieron no esforzarse tanto, ya que su notasería promediada. Aquellos que habían estudiado poco lo hicieron menostodavía, porque confiaban en que otros (no ellos) se esforzarían parasubir el promedio. Pero el promedio en este segundo examen fue 5 puntos !Nuevamente, los que estudiaron algo estaban algo molestos, y los que nohicieron nada estaban medianamente satisfechos.
Finalmente, en el último examen del año, los verdaderamente estudiantes,
se relajaron por completo, el promedio de toda la clase fue 4 y por tanto todos suspendieron!! Pero todos eran iguales y repitieron elaño sin excepción alguna. Ninguno de los estudiantes estaba realmentefeliz...
El profesor les preguntó si ahora entendían lo que significaba "SOCIALISMO".
La razón del gran fracaso del socialismo en el mundo es simple, simplemente los que no hacen se benefician de los que hacen. No hay incentivos para los que se esfuerzan, y hay premios para los que eludenlabor y responsabilidades. No se recompensa la excelencia, pues nunca sellega a ella ya que la mayoría empuja hacia abajo. El que trabaja debepagar sus cuentas, pero al que no trabaja, se las paga el gobierno!! Conlos recursos aportados por el que trabaja!! O sea, el que trabaja pagadoble!! Es la garantía del fracaso. Todos iguales, pero allá abajo,sumergidos en el pantano de la mediocridad...Tan espeso que nadie sehunde del todo, pero tan denso y pegajoso que a nadie permite llegar a laorilla y salir...

sábado, 21 de novembro de 2009

No Brasil descobres o poderío enorme que ten o galego

Desde havia tempo que o Carlinhos Nunes nom me acabava de convencer, nom musicalmente, senom por algúm que outro comentário que desde el, supostamente, adava a circular por ai. Poida que muito daquilo fose mentira. Desta volta a cousa câmbia, mirade que cousas bonitas di o gaiteiro para umha entrevista d´A Nosa Terra. Mil pontos Carlinhos!!! Estara-se a fazer um sítio entre os bos e generosos?

"No Brasil descobres o poderío enorme que ten o galego. Insisto en que non son lingüista pero descubrín que o brasileiro é máis semellante ao galego que ao portugués, enténdese mellor. No Brasil gardan moitas cousas do galego antigo, das cantigas de amigo, do mundo dos trobadores e poesía galaico-portuguesa, que se perderon por influencia do castelán. Non viría mal facer un pouco de esforzo na escola e, do mesmo xeito que aprendes a gramática galega oficial, aprender o portugués. Se son tres ou catro cousas! Por ese pouquiño máis de traballo podes chegar a máis de 200 millóns de falantes. Unha vez Jordi Pujol díxome que o problema do galego era que estaba demasiado castelanizado e non o entendín, pero agora captei a mensaxe deste catalán que se daba conta das posibilidades do noso idioma. O Brasil é unha Galiza do futuro, unha Galiza mestiza que xa superou ese problema que ten Europa que é a inmigración forte. O Brasil está de volta de todo iso".
Para entrevista completa deixo-vos este enlace:

O 59% dos canarios e o 49% dos asturianos crem que o Sol gira arredor da Terra

Resultados da Encuesta de percepción social de la ciencia y la tecnología en España 2006, encargada pola Fundación Española para la Ciencia y la Tecnología (Fecyt) e feita a partir de mais de 7.000 entrevistas.

Mingo!! Que???

Ainda que a dizer verdade, o resto, tampouco quedamos moi bem...!! Bufff.... E o que é sorprendente, tamem, o 20% dos universitarios...!?



http://chuza.org/historia/a-metade-dos-asturianos-pensan-que-o-sol-xira-arredor-da-terra/

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Yggdrassil

Mais material para o cadaver... A ver se alguem aceita o reto e prosigue coa história: dado o actual nível de elaboraçom e complexidade, mais mérito terá.


Yggdrasil (nórdico antigo: Yggdrasill) é umha árvore colossal (algumhas fontes dim que é um freixo, outras que é um teixo), na mitologia nórdica, que era o eixo do mundo.

Localizada no centro do universo ligava os nove mundos da cosmologia nórdica, cujas raízes mais profundas estam situadas em Niflheim, fincavam os mundos subterrâneos; o tronco era Midgard, ou seja, o mundo material dos homens; a parte mais alta, que se dizia tocar o Sol e a Lua, chamava-se Asgard (a cidade dourada), a terra dos deuses, e Valhala, o lugar onde os guerreiros vikings eram recebidos tras morrer, com honra, em batalha.

Conta-se que nas frutas de Yggdrasil estam as respostas das grandes perguntas da humanidade. Por esse motivo ela sempre é guardada por umha centúria de valquírias, denominadas protetoras, e somente os deuses podem visitá-la. Nas lendas nórdicas, dizia-se que as folhas de Yggdrasil podiam traer pessoas de volta a vida e um de seus frutos, curaria qualquer doença.

Os nove mundos contidos na Yggdrasil som:

  • Midgard, o mundo dos homens. É representado por Jera, a runa do ciclo anual;
  • Asgard, o mundo dos Aesir. É representado por Gebo, a runa da troca;
  • Vanaheim, o mundo dos Vanir. É representado por Ingwaz, a runa da semente;
  • Helheim, o mundo dos mortos. É representado por Hagalaz, a runa do granizo;
  • Svartalfheim, o mundo dos elfos escuros. É representado por Elhaz, a runa do teixo;
  • Ljusalfheim, o mundo dos elfos de luz. É representado por Dagaz, a runa do dia;
  • Jotunheim, o mundo dos gigantes. É representado por Nauthiz, a runa da necessidade;
  • Niflheim, o mundo de gelo eterno. É representado por Isa, a runa do gelo;
  • Muspelheim, o mundo de fogo. É representado por Sowilo, a runa do sol.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

LA NOVIA DEL CADÁVER.


Magali Jaskiewicz, durante su boda con el difunto Jonathan George. | Baroncourt

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Nojo, carragem!!!! Isto é demasiado!!!

Eu nom sei como tomaredes vós esta noticia, pero a mim isto já passa de castanho a escuro. Isto nom pode ser, nom pode ser, e que me dá tanto nojo e carragem que nom sei.... Vamos dizer que chove???? EU NOM, EU NOM!!!! POR MIM NOM VAM MEXAR!!!!!!!!!!

SENTENZA DUN XULGADO DE ALCORCÓN

Prohíbenlle volver a Galiza porque o galego 'discrimina'

Un xulgado de Madrid ameaza unha nai galega con retirarlle a custodia das súas fillas por trasladarse de Alcorcón a Vigo, debido a que 'o ensino é en galego e esta lingua non é útil'.

Resto da noticia:

http://www.anosaterra.org/nova/37610/prohibenlle-volver-a-galiza-porque-o-galego-discrimina.html

A mesma noticia, em Xornal.com:
http://www.xornal.com/artigo/2009/11/17/politica/xulgado-madrid-nega-nai-retornar-vigo-coas-suas-fillas-porque-ensino-galego/2009111715040482671.html

Un tighre en Sampaulo

O outro día foi o blacaute. Na Folha aparecía así mesmo: "blacaute". E lo non mirastes nalgúns deses vosos medios europeos? A presa de Itaupú, que é a rehostia inversa, e que fornece de enerxía ao Paraguai enteiro e a medio Brasil, deu "pau". Que se escarallou, pois; e non se soubo exactamente cómo nin de qué maneira. Resultado: São Paulo enteiro, o Rio de Janeiro, Paraná, o Rio Grande, media Brasilia: mais de corenta millóns de almas toditos sen luz entre as once e as dúas da mañá. Trens que pararon e xente rompendo as xanelas, as rúas iluminadas só polos propios coches, o caos do tránsito. Un colegha, que curra nunha radio nocturna, subindo a pé os 24 andares do prédio (e os fumadores baixándoos a cada pouco para iren bota-lo pito!). Uma beleza, em fin, que eu vivín confortablemente a canda uns macarróns e unha Caracu, que é preta e algo amarga. Lembranzas da infancia a vela na Hill´s Land!
Polo demais, estaba hoxe estarricado mirando pra Tv Futura, que é unha das que ten máis xeito do local, e velaí que me/nos recomendan esta curta. Aí a vai, sexa de benvida para o novo habitante da Zona case homónimo da cidade en que eu moro, e tamén dedicado á Martita, que se especializara neste tipo de contidos no noso blogue.
Inspirada nun poema de Blake, que me parece que é ese que adiviña cousas da televisón hispano-imperial, a curta vai dando imaxes moi recoñecibles aquí de Sampa: a avenida Paulista, o pico do Jaguaré, a marxinal do Río Pinheiros... seguen todos invitados, e despois postearmos as imaxes dos encontros!
Ahquele ahbraço!!

sábado, 14 de novembro de 2009

A broma dos espellos ( Boísima)

Saúdos:
Son novo, depois de intensas negociacións, frecuentes visitas e grandes sacrificios(reconversións políticas..) O chini concedeume un período de prácticas neste blog (contrato basura ampliable).
Para comenzar este video que sempre me fixo gracia,dúas xemelas poñense unha frente a outra nun baño público facendolle crer os usuarios que están ante un espello cando en realidade é un cristal....menuda sorpresa o descubriren que non se reflexan no espello...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Bairro Sésamo: 40 anos

Os rapazes estam de aniversário.







Em portugues tenhem moita conha:



E este de regalo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Um pouco de literatura para acalmar o espírito....

Semelha que escrever -ou ler algo bem escrito- libera o espirito e as emoçons.... Este foi um bonito artigo que encontrei em Vieiros, dumha tal Concha Rousia, que nom conhecia, sobre a "entrevista" perpetrada a Carlos Callon na TVG. Espero que vos preste tanto como a mim.

PD: Talvez deveriamos escrever um pouco mais aqui no blog (e aplico-me o conto, ainda que eu sempre fum mais de números!)... Se o cadaver morreu, (ogalhá que ainda nom) deveriamos crear outro novo, esta vez com certas regras...


Eu, que dalgum modo sempre seguirei a viver na cultura tradicional, porque a cultura não é apenas um vestido exterior que se pode tirar só por ter ficado fora da moda, sigo a valorizar mais tudo o que me chegar através das conversas; conversas com os meus. Foi assim que alguém me falou na entrevista que Carlos Callón tinha sofrido na TVG, conduzida por Carlos Luis Rodríguez. Tinham-me dito que Carlos Callón não se soubera defender das manhas do jornalista, e até me fizeram pensar naquele entrevistador da BBC no programa ‘Hard talk’ que eu tinha visto alguma vez, e senti curiosidade.

Finalmente, na aldeia virtual onde tudo fica ao alcance de um ‘clic’, atendi o vídeo. Uma imagem veio à minha cabeça no primeiro instante, foi a da cobra e o passarinho; imagem que, sem eu a ter visto nunca com os próprios olhos, tenho, polo número de vezes que ma fizeram ‘ver’, bem desenhada em meu interior... O passarinho vai baixando de póla em póla sem decatar-se de que é a cobra que o está atraindo para que caia na sua boca... Agora alguns dirão que isso é uma lenda; tenho ouvido tantas vezes isso nos últimos anos, sobre tantas cousas, que já não me assusto... Eu sei melhor do que isso, porque o meu pai me contava como ele ajudara um dia um desses passarinhos a se libertar da atracção da cobra; talvez as lendas eram apenas formas de transmitir de jeito cifrado os nossos códigos éticos, não sei, e acho que já não quero saber...

Contava também meu pai como a ele uma vez, estando à espera da lebre, uma cobra o tentou atrair, e ele sentia como ia escorregando polo penedo abaixo sem saber o que se passava, até que viu a cobra; ainda bem que tinha a escopeta carregada; era aquela uma cobra enorme, e dela, uma vez morta e aberta, saíra um bom pão de unto que depois foi salvar a vida dum homem que os guardias civiles deixaram por morto no buraco do volfrâmio em Chão de Lamas, na altura da II Guerra Mundial; foi graças às fretas com aquele unto curado ao fumo que o homem suou todo aquele sangue preto e se livrou da morte. E do mesmo jeito que há muitos que dividem o mundo entre bons e maus, ou entre branco e preto, outros aprendemos a ver cobras e passarinhos.

Nestas artes da caça a cobra mesmo parece que se deleitasse comprovando como o passarinho se vai achegando e achegando, sabendo que, se alguém não interromper a cerimónia, a vítima vai cair nas suas fauces; para isso a cobra cuida muito bem o entorno... E é claro, o vídeo não dá para avisar a vítima, e ela fica lá sozinha a ser atraída; enquanto todos nós em casa, mesmo com a distância do tempo e do ecrã, nos sentimos atacados pola cobra. Se a cobra ataca a um dos nossos, um que nesse momento representa a todos nós, todos nós estamos sendo atacados. Foi assim que eu senti a cobra me atacar, e me senti passarinho, e sei que se fosse eu quem estivesse lá, muito provavelmente a cobra me teria feito outro tanto.

O passarinho tem o sangue quente, é um ser com capacidade de transmitir emoções e de cometer erros, e errar é algo muito humano quando estamos submetidos a uma pressão excessiva; excessiva e injusta, especialmente quando o passarinho está na sua árvore, onde tem construído a sua casinha, árvore à que a cobra sobe apenas para o matar, para o botar, porque ela não precisa a árvore para viver. Da cobra, por contra, podíamos dizer apenas que tem anti-emoções, desliza-se matematicamente milímetro a milímetro para fazer aquilo que sabe fazer: caçar, matar; e a todos nós só de pensar nela se nos põe a coiro de galinha, e sentimos o gelo a se querer meter nas nossas veias; ora, há quem nos últimos tempos tem escolhido estes bichos como animais de companhia... Talvez sejam estas pessoas que já perderam a noção do que é a companhia...

Fique claro que não escolhi a figura da cobra para esta cena, por ser este o único bicho nestas terras, que eu saiba, que tem duas línguas, ou duas meias línguas, diria eu; também não foi por ser este um bicho que vive arrastando-se, enquanto o pássaro sabe voar e conhece os segredos dos quatro ventos; não, eu escolhi o que escolhi porque essa foi a imagem que acudiu à minha cabeça quando comecei a atender o vídeo.

http://www.vieiros.com/columnas/opinion/1015/carlos-luis-rodriguez-e-carlos-callon-ou-a-cobra-e-o-passarinho

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A morte do dolar

Botádelle un ollo a esta pequena reportaxe, paga a pena:



Podédelo atopar aquí

O presidente que resultou "muy gallego"

MANUEL RIVAS
El País, 06/11/2009

"Feijóo es muy gallego, en el sentido peyorativo de la palabra" (Rosa Díez, membro do Congreso dos Deputados).

Esta é a frase literal da deputada ao seu paso por Galicia e que varios xornais destacaron como titular. O presidente Feijóo non dixo nada. Nin ninguén no seu Goberno nin no seu partido. A autora da declaración, membro do Congreso dos Deputados, foi convidada como conferenciante polo Club Financeiro da Coruña. Que se saiba, tampouco ninguén de entre os directivos ou do público interpelou á deputada. Será que non se deron por aludidos. Nin Feijóo, nin o resto. Eu xa non digo que se anoxaran polo de "peyorativo", pero polo menos deberían cabrearse polo de "muy gallego".

Se fóra de Galicia din de ti que es "muy gallego" pode ser nefasto ou glorioso, depende do retintín. No mester literario adoita ser unha loanza, pois o paradigma de "muy gallego" é Valle-Inclán. O autor das Comedias bárbaras fixo co castelán o que James Joyce se propuxo co inglés: "conquistar a lingua do imperio". E cómpre dicilo. Non naceu outro imaxineiro que retornease o castelán coas sublimes curvas de Valle-Inclán. E as curvas eran galaicas, abofé. Todos os pigmentos desaparecidos do Pórtico da Gloria, a maior película en tecnicolor da Idade Media, non foron subtraídos pola corrosión do tempo e da humidade, senón que como partículas de pole que atravesaron os séculos foron pousar na ollada pictográfica de Valle-Inclán.

Porén, en política, como vén de demostrar dona Rosa, o de "gallego" case sempre ten un sentido negativo. E non hai máis que ver o tratamento variábel a que son sometidos na Corte dos Milagres dous líderes de orixe galega e rivais na política, Rajoy e Blanco. Cando Rajoy está en horas baixas, sobe o seu termómetro de "gallego", como fai o mercurio coa febre. E cando atopou un socias na Biblia, foi dar co santo Job. Outro gallego!

O mesmo sucede co caso Blanco. Nada máis aterrar na capital de España, a Blanco tratárono de Pepiño. Mesmo hai señoritos radiofónicos que se permiten falar de "Pepiño de Palas de Rei". Esa confianza que ninguén lles deu, a confianza abusona, a elocuencia maleducada de quen utiliza a linguaxe e a antroponimia para dividir o mundo en supremacistas e subalternos. Claro que o trato a José Blanco cambiou nada máis ser nomeado ministro de Fomento. Agora os señoritos radiofónicos cada vez usan menos o diminutivo hipocorístico. De Pepiño a Pepe e de Pepe a don José. E viva Palas do Rei! Velaí a elocuencia do poder. A maior orzamento no ministerio, menos Pepiño e máis don José. Aí está o segredo da misteriosa conexión entre a antroponimia, os xentilicios, e os Presupostos Xerais do Estado.

En Galicia existen bos representantes de case todas as correntes nos estudos históricos, mais eu boto de menos os chamados historiadores "subalternistas", conectados cos adaís da "historia dende abaixo" (como Eric Hobsbawm), que tan ben desentrañaron nos anos 80 a sociedade da India e alumearon os seus cuartos escuros, como o "sistema de castas". E deron na clave. O importante non é só a descrición histórica da "subalternidade", senón sobre todo o cómo esas diferenzas e estratificacións sociais comportan un xogo de representacións. Velaí unha pregunta esencial: "Como se 'representa', como é 'figurada' a subalternidade?"

Ela non é consciente, como non o son outros, mais o que reflicte a couce de Rosa Díez é unha idea de Galicia como un espazo subalterno. Un lugar onde trousar prexuízos impunemente, mesmo con aplausos e risos dos espectadores de mentalidade subalterna. O Goberno galego debería facerlla chegar a Umberto Eco e pedirlle un informe semiótico, porque non ten perda. Sería un documento histórico. Como semióticos afeccionados, poderíamos aventurar algunhas preguntas e consideracións.

a) Oración principal: Feijóo es "muy gallego". Cuestións: Quen é Feijóo? O presidente de Galicia. Que clases de galegos hai? Moi galegos, pouco galegos, e galegos a secas. (Coido que "a secas" escasean, e ademais este ano a colleita de uva é excelente). Que significa ser "muy gallego"? Todos os inquéritos indican que a cualificación de "muy gallego" é empregada hoxe en día con dous significados: 1. Es buen chico, pero es "muy gallego". Tradución: Ten o defecto de que fala galego. 2. Ten cuidado porque es "muy gallego". Tradución: É unha persoa renarte, retorcida, que di unha cousa e pensa outra.

b) Oración subordinada: En el sentido peyorativo de la palabra. Segundo a declarante, existe pois un sentido pexorativo de ser galego. É algo que admite, afirma e usa. Historicamente, o xentilicio galego foi utilizado con moi diferentes connotacións. Houbo xeiras en que tiña connotacións maioritariamente positivas: na época romana e na Idade Media. Mesmo o Cid, para os historiadores de Al-Andalus, era un "valente galego". A perda do Reino de Galicia e todo o proceso de subalternidade social arrastran tamén ao xentilicio e o "galego" pasa a ser, en expresión de Paul Lafargue, "unha das razas malditas da humanidade". Por que? Polo seu servilismo e polo seu "amor ao traballo". Agora si: as desgrazas nunca veñen soas.

Todo isto é historia. Rosa Díez, e os que pensan como ela, proclaman a inutilidade actual das identidades. Habería que engadir: a inutilidade das identidades "dos outros". A min paréceme unha aberración non só política senón tamén moral e intelectual o estabelecer unha cualificación das persoas segundo o xentilicio, o lugar no que naceron. Que significa hoxe ser "muy gallego"? Para algúns galegos que non falan galego ese o xeito de denominar aos galegos que falan galego ou que son favorábeis a unha cooficialidade real no ensino. Velaí os espellos deformadores. Un galego que fale galego non é un galego senón un perigoso "muy gallego"!

Pero a aberración aínda pode chegar máis lonxe. Por que Feijóo é "muy gallego" no sentido pexorativo da palabra? Feijoo prefire falar castelán na intimidade, vén de recortar substancialmente o orzamento para a normalización educativa do galego, amputou o presuposto do Consello da Cultura Galega e mesmo anulou as xa miserentas axudas para tradución a outras linguas: Viva o cosmopolitismo! Volvemos á pregunta: Por que para esta xente Feijoo é "muy gallego" no sentido pexorativo da palabra? Por que queren un "cirurxián de ferro" para o idioma. Un carniceiro da lingua. Alguén que non demore con anestesia. Un presidente de Galicia que no se haga el gallego!

Ese mago do despistar e das distraccións que é Sarkozy vén de pór nun primeiro plano do debate, outra volta, o que é a "identidade francesa". Nós non temos a Sarkozy, pero temos na feira magníficas distraccións, como o carrusel de Negreira e o seu Ele. E agora temos tamén a Rosa Díez. As lotarías nunca veñen soas. Unha sorte chama pola outra. E aquí ninguén é forasteiro, aínda que un día nos imos cabrear e facer unha excepción cos "gallegos". Por certo, imaxinan a alguén en Francia dicindo: "Sarkozy é moi francés, no sentido pexorativo da palabra"?

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

1 imaxe = 1.000.000 persoas


Unha foto da toma de posesión de Barak Obama o 20 de xaneiro de 2009. Nela pódese distinguir perfectamente cada persoa: apunta a calquera parte, fai doble clic tantas veces como queiras para agrandar a imaxe, agarda uns segundos e verás á persoa.
Esta foto tirouse cunha cámara robot de 174 Megapixels (295 veces máis potente que as fotos de 5 Mpixels das nosas cámaras).
Unha soa foto e a posibilidade de fichar a 1.000.000 de persoas!!!

http://gigapan.org/viewGigapanFullscreen.php?auth=033ef14483ee899496648c2b4b06233c

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

BEBÉ COLOCADO

Boas a todos! Aquí vai un vídeo moi coñeiro dun raparigo que non lle sentou demasiado ben a anestesia do dentista. Prestade atención as preguntas metafísicas que fai.
Recórdame o colocón que sufrín eu cunhas gotas cando me fixeron a inspección do fondo do ollo para operarme de láser. Agarrei unha fina na sala de espera!
O vídeo non ten desperdicio, eso sí, o pai un pouco cabrón por facelo público.

Pilham a uns Guardas Civis traficando jamom com gitanos em Portugal

Esta notícia, ainda que o pareza, nom é brincadeira....mimá como está o pátio....

PSP apanha polícias espanhóis a vender presunto ilegal

PSP apanha polícias espanhóis a vender presunto ilegal


Um dos polícias envolvidos, agente da Guardia Civil, está detido por posse ilegal de arma. A Direcção Nacional da PSP não quer falar do caso

Dois militares da Guardia Civil espanhola foram apanhados, sexta- -feira, por uma patrulha da Divisão da PSP do Seixal, a venderem ilegalmente 17 toneladas de presunto a um grupo da comunidade cigana de Arrentela, localidade do concelho. Um dos espanhóis está detido no comando de Setúbal por posse ilegal de arma.

A Direcção Nacional da PSP não quis comentar o caso e deu ordens para ninguém desta força de segurança fazer declarações, pois entende que o envolvimento de agentes de autoridade de uma força de segurança espanhola num caso desta dimensão deve ser tratado com toda a discrição.

Ao que o DN apurou a PSP informou desde logo a Direcção-Geral da Guardia Civil, bem como o ministério da Administração Interna, o qual, pelos canais oficiais deu a conhecer a situação ao Ministério do Interior espanhol.

Os dois militares estavam à paisana e foram identificados por uma patrulha da PSP que, por acaso, passava no local onde estava a ser efectuado o negócio.

Uma discussão em voz bastante alta entre os elementos de etnia cigana e os dois homens terá alertado a atenção dos agentes.

Pararam o carro, aproximaram-se e aperceberam-se que os indivíduos falavam espanhol e que o objecto da acalorada discussão era o preço do produto. Os espanhóis, aparentemente, estavam a cobrar mais do que, alegadamente, tinha sido combinado. Entretanto, os agentes da PSP depararam com o veículo pesado, com matrícula espanhola a transbordar de presuntos. Não era preciso muito mais para considerarem toda a situação suspeita.

De imediato pediram reforços e começaram a identificar os presentes. A grande surpresa foi quando os espanhóis se identificaram como sendo militares da Guardia Civil (a congénere da GNR em Espanha). O Comando de Setúbal foi logo informado, bem como a Direcção Nacional da PSP.

Um dos elementos da Guardia Civil tinha uma arma de fogo e foi feita a sua detenção. De acordo com a legislação, um estrangeiro não pode ter posse de uma arma noutro país, mesmo que no seu esteja devidamente legalizada. Mesmo sendo um polícia.

O presunto estava acondicionado num tractor com reboque. Tratando-se de bens alimentares a Divisão da PSP do Seixal contactou a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) que enviou ao local uma equipa de inspectores. Os presuntos, apesar de apresentarem boa qualidade, estavam fora do prazo da validade inscrita nos rótulos.

As 17 toneladas de presunto foram apreendidas pela ASAE e ficando á guarda da PSP. Segunda-feira vão ser analisadas para avaliar se estão ou não em condições de consumo. Nesse caso o presunto é encaminhado para instituições de solidariedade social. O mesmo vai acontecer com as 37 toneladas de camarão congelado que a ASAE apreendeu, também da sexta-feira, em Abrantes.


http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1407086&seccao=Sul