CADAVER EXQUISITO IV

Pois isto vai vento em popa! Que bem! muito me alegro. A ver, Chini. O do sitio para isto está bem, pero penso que é mais vissual ponhe-lo aqui. Nom se pode fazer doutra forma? Já me dirás. Ai vai a quarta entrega.

Um silêncio absoluto asolagava o carro. Dom Anselmo, logo de uns quilómetros, e ainda despois de toda aquela tençom, ficara durmido. Nom me dera tempo a recuperar-me do sobresalto para perguntar-lhe nada. Que facia ali? Como conseguira fuxir dos Monteira Furada? Eu, com os meus próprios olhos, mirara como se enfrontava a eles para conseguir que eu fuxira. Nom o iam deixar marchar tam doadamente. O certo é que nom contava voltar ve-lo com vida. Nom mo explico! Que extranho.

- Este home...é-che umha caixa de sorpresas! Pensei.

Aproveitando a situaçom eu tamém aproveitei para botar um sono. Logo de asegurar umha certa distância com o Paço de Longueirom, botei o carro fóra da estrada e metin-me por umha pista forestal entre o mato. Estava canso e os palpos pessavan-me, pronto eu mais Dom Anselmo combinávamos num profundo e reparador sono. Ali de novo topei-me com ela. Minha doze Giana, confuso distinguia a sua face mentras a levavam de onde mim. Umha luva negra premia-lhe o pescozo. Umha sombra indistinguível atrás de-la levava-a, calada, maligna, com olhos cintileantes e cum ruin sorriso que a asustava, afogando-a de medo. Umha luva negra, umha sombra...aqueles olhos! Algo vermelho, que nom chegava a ver com claridade, decorava aquela luva. Que era?

- Nom pode ser...Minha pobre Giana...Vou, vou!!!! Farfulhei durmido.

Espertei no carro suoroso e desorientado. Um arrecendo a rica comida espabilou-me as tripas. Dom Anselmo estava afora, fixera umha pequena cacharela e nela assava um pequeno coelho mentres me mirava orgulhoso. Díxo-me:

- Por fim espertaches rapaz, deves estar esfomeado? Vem comer algo.
- Vou. Dixem. Pero de onde raios sacou você esse coitado coelhinho?