quinta-feira, 13 de maio de 2010

Quatro em cada dez casais castelhanofalantes falam catalão aos filhos.

Pois como podedes ver aos cataláns case lhes vais igual de bem que a nós aqui pola Galiza, lembrade que aqui estamos em tal nivel de normalidade que até imponhemos o idioma. Menos mal que impuxerom o castelám em Castela, senom que seria a dia de hoje da língua cervantina. Vaia!

Um total de 4 em cada 10 casais de origem castelhanofalante falam em catalão com tanta ou mais intensidade do que em castelhano com os seus filhos, segundo o estudo Llengua i joves. Usos i percepcions lingüístics de la joventut catalana.

O relatório, apresentado terça-feira e noticiado pelo diário Avui, informa de que 47,3% dos jovens apenas falam em catalão aos filhos, 28% em castelhano e 11,3% falam por igual em ambas as línguas. Contudo, metade dos jovens de entre 15 e 34 anos (51,8%) falam apenas ou sobretudo castelhano, face a 34,8% que apenas ou sobretudo falam em catalão.

Para os autores do estudo, esta percentagem reflecte uma mudança entre as gerações, já que os pais dos inquiridos apenas utilizavam o catalão para se dirigirem a eles num caso em cada dez. A investigação afirma que esta tendência compensará o desequilíbrio entre catalanofalantes e castelhanofalantes de origem.

Conclusões

A principal conclusão da investigação é que o traço característico dos usos linguísticos da juventude é a hibridação, que vai duma situação de partida em que o castelhano tem maior peso – especialmente entre os colectivos de menos idade– cara a uma adopção do catalão quando o jovem entra em contacto com o sistema educativo e o mundo do trabalho. Esta hibridação, porém, é desigual, já que os catalanofalantes usam ocasionalmente o castelhano e não substituem o uso preferente da sua língua, ao contrário do que ocorre entre um sector dos castelhanofalantes, que mesmo chegam a inverter a língua de origem.

Entre as amizades, o castelhano continua a ter um maior peso, pois aquelas pessoas que adoptam o catalão fazem-no menos neste contexto do que noutros. Além do mais, a rede de amizades também tem muita influência, e se um castelhanofalante mantém os seus amigos não mudará para o catalão, apesar de que o tenha feito no âmbito laboral.

A mais estudos e melhor trabalho, mais uso do catalão

Como já apontava num recente artigo Miguel Cuesta, do colectivo Veu Pròpia, o catalão adquire um certo status de formalidade, pois nos âmbitos mais íntimos e informais tem uma presença inferior à do castelhano. Por esta razão, as instituições educativas são o espaço onde os jovens costumam utilizar socialmente uma língua diferente da sua de origem, e neste contexto a situação é favorável ao catalão. Segundo o estudo, quanto mais nível de estudos e mais status laboral, mais uso do catalão.

Amostra

O estudo elaborou-se seguindo o inquérito de usos linguísticos de 2003 e o da juventude da Catalunha de 2002 e 2007, além de 25 entrevistas em profundidade e 15 debates em grupo com 102 participantes dentre 16 e 35 anos.

1 Comment:

O'Chini said...

Que inveja...que inveja....

Que conste que o espanholismo tamem está á defensiva em territórios onde o espanhol era língua habitual e está sendo desplazada por outra mais potente, como Puerto Rico...Ai, os moi hipócritas usam os mesmos argumentos que rejeitam cos demais...