segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Capítulo I: As origens da mágia (IV).

O gatinho Zigg mirava aos demais gatos fachendoso ainda com restos da pelaxe do seu inimigo Zdur entre os bigotes, pero isso si, sem poder fuxir dos seus tics gatunos: lambendo-se irremiavelmente os colhonzinhos e as patinhas por se acicalar logo da refrega.

- Miauuu, marramiau, miii, puufffff! Que traduzido à linguagem humana vinha a dizer algo assim como: Viva o nosso novo lider! (A partir de agora presdinciremos da linguagem michineira em favor da fluidez do relato).

Agora o novo chefe, sentiasse bem, por fim se liberara do incordio de Zdur que levava para el sempre as melhores partes da comida e as gatinhas mais agarimosas e bonitas, as de tres cores eram as sua preferidas, como tamém o eram as de Zigg.

O irmám de Zigg, Zagg, lambia ao seu irmám e comentava-lhe:

- Meu irmám é agora o novo chefe, cog, cog! Tusiu por umha pequena bolinha de pelusa. Que bem o havemos passar agora!! Hehehe!! Cog, cog!!

- Venha meu irmám imos ao cais do porto ver que topamos! Para já de lamber-me! Puuffffffffff!! Bufou-lhe de brincadeira Zigg a Zagg.

Baixarom a rebolos pola aba do outeiro e as herbas repinicarom as suas brilhantes pelaxes. Os demais gatinhos miravam aparvados desde arriba.

- Ei!! Onde ides!!! Zigg!! Zagg!! E nos que fazemos?

- Ide à janeira por ai que já é tempo, agora sodes ceives de fazer o que queirades. Os tempos de Zdur som finados! Dixo Zigg costa abaixo namentras perdia a sua vista numha volvoreta que o hipnotizada irresistivelmente.

- Viva Zigg! Berrarom todos os michos.

Zdur ainda estava estumbalhado no cham, e movia a cola como quem move um abano, tinha sangue pola cara e os seus amigos viam por anima-lo a se erguer com lambetóns, arrefregando a cara contra a del e ronroneando. Zdur aos poucos foisse erguendo e começou andar como se tivesse que passar por um sitio mui baixinho.

- Ai! Que tumda me deu o condenado do Zigg! Pffuuuuffssss!! Já vou velho. Miau!! Isto nom vai ficar assim. Juro-o polos meus bigotes. Onde foi esse maldito gato?

Zigg mais o seu irmám Zagg estavam já a fazer das suas mesturados entre as gentes que trabalhavam no cais. O mercado estava repleto de gente, havia postos por todos lados, marinheiros, feirantes, brazeiros, coches de cavalos… o balbordo que se respirava era abafante. Pero Zigg e Zagg sabiam que eram uns gatinhos mui jeitosos e bonitos que polo geral caiam bem a gente. Pronto começarom a despregar as suas artes gatunas entre os confiados humanos, com Zdur nom poderiam fazer tal cousa. Passear-se como desfilando sobre os balcóns dos postos com passinhos muidos e a colinha bem ergueita era premio seguro, se nom se passavam demasiado claro. Deixan-se acarinhar um chisquinho e algo lhes caia: umha raspa de peixe, um anaco de queixo, um canequinho de leite…

A cousa ia-lhes vento em popa e tinham o bandulho mais que cheio, o comer era já vizio gatuno desse que logo os fai devolver o comido. Estavam encarregando-se com muito jeito dum punhadinho de xoubas reladas que a peixeira lhes dera sem muita dificultade quando, como sincronizados por umha força estranha, as suas orelhas puntiagudas virarom caro um ruido que lhes resultava mui familiar.

- Pero já está ai o parvo de Bicom? Dixo Zigg.

- Haverá que fuxir meu irmám. Dixo Zagg.

- Deixa-me apurar este último bocadinho anda. Comentou dessidioso Zigg.

Bicom era o cam do carniceiro. Era um cam grande e torpom que tinha mais babas que cerebro. Desde havia tempo molestava aos gatos todos que passassem polo cais, pero nunca fora quem de apanhar ningúm. Entre toda a gente que havia sempre por ali, o torpe que el era e o rápidos que eram os michos sempre se quedava sem trofeu.

O cam avançava entre as pernas da gente, que nom lhe escatimarom algunha que outra patada, e os gatos Zigg e Zagg mirava para el com cara de despreocupaçom. Justo quando estava à sua beira estes dezidirom começar a fuxida aproveitando o momento para deixar-lhe um regalinho oloroso em forma de peido. O cam viu ferido o seu agudo sentido do olfato cum estrondoso:

- Caaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmm!!!!!

Os gatos riam e bufavam polo regosto da vitória:

- Pbuuuuuffffff!!! Marramiau!!!!

Corriam e corriam mentres o cam se perdia entre a gente e os seus ladridos nom eram já ameça. Foi entom quando Zigg viu aquela gatinha que havia cambiar para sempre a sua vida. Aboiando na enseada do porto, a pouca distância do cais havia um barco, parecia grande, ainda que aos olhos dum gato todo parez grande. Parecia um mercante fenício, e Zigg confirmou-no ao comprovar como no ar, traidos pola brisa marina, se mesturam os arrecendos de preciosas espécias. Ali, na cuberta, apoiada na varanda de proa estava ela, sentada, mirando para o porto, com a sua colinha pousada gracilmente envolvendo as suas patinhas e entornado os olhos. A sua mirada era felina de mais, como a dumha tigresa, tinha tres cores, branco, cabeça e patas, peito negro; e o lombo, o bandulho e a cola dum amarelo ouro que reflectia o sol do meiodia. Zagg obervava ao seu irmám aturdido pola aquela vissom e olores.

- Ei Zigg!! Seica che enchou o olho a gatinha!? Dixo Zagg.

- Cala! Nom me estropees este momento. Tenho que ir junto dessa gatinha. Pero como vou fazer?

- Guau, guau!!! Brrrruurrr!!! Apareceu o cam Bicom.

Zigg longe de amedrentar-se achegou a el observado polas caras de incomprenssom do cam e do seu próprio irmám, levantou umha pata, desenfundou as unhas e rabunhou dum golpe certeiro o fuçino de Bicom. O cam gemeu de dor como mesmamente perseguido por um cozinheiro chinés e fuxiu com o rabo entre as pernas.

- Caim, caim, caim!!!!

- Se já o sabia eu! Este nada de nada! A cam ladrador… tinha que ter feito isto muito antes. Dixo Zigg com cara de despreocupaçom mentres se lambia a pata ejecutora e se purgava entre os dedos.

O seu irmám ainda atónito mirava para el.

- Venha Zagg, tenho que chegar onde essa gatinha como seja. Ponte a pensar como faze-lo, vai perguntas as ratas, desde a trégoa podemos achegar-nos até o seu território. Elas sempre tenhem alguém nos barcos, vai ver que se pode fazer.

- Pero meu irmám! A trégoa é só em terra, nos barcos hai guerra já o sabes. Respostou Zagg lambendo a barriga.

- Ti vai ver que se pode fazer. Eu vou onda Latri ver que nos conta. Dixo Zigg passando a patinha por trás da orellha. Combinamos de novo aquí à caida do sol irmám?

- Miau dixo Zagg.

- Miau respostou Zigg.

5 Comments:

O'Chini said...

Jé imaginei que podias estar escrevendo ao mesmos tempo....!!

Oes, com oteu permiso, engadim umha pequenissimo engadido ao final de todo- ultima frase- para que o meu post nom quede demasiado desconexo.

Di-me se estás de acordo.
hehe vamos mejar!!

Gonzalo Amorin said...

PUFFF!! Nom pega nem com cola, nom seria melhor meter o de Saragoça noutro momento? E que ai nom vem a conto, sei que foi umha putada coincidir, pero eu ai nom o vejo. Já se verá que podemos fazer! Pero nom entendo a onde queres chegar! É um barrene demassiado loco e.. imprecisso! Menudo totum revolutum! Com o teu permisso retiro Saragoça da minha aportaçom. Que nom che pareça mal. hehehe!! Saragoça, manda caralho!!!! hehehehe!!!

O'Chini said...

Ok, já eliminei a referéncia a Zaragoza, agora penso que pega. Podemos mudar algo mais para fazélo mais fluido?

Para outra vez, o melhor vai ser publicar um post vazio som co titulo e o marcador do cadáver, e logo reeditá-lo e enché-lo para nom pisar-nos

Marta said...

Vamos, como se vos vai a pinza, están ben paveras as vosas historias!
¿Caim? ¿que clase de onomatopeia e esa? hehehehe, costoume pillala...

Gonzalo Amorin said...

Ostras! E entóm como fam os cans quando se mancam! hehehehe!! caim, caim!