Cando menos, interesante a reflexión de Miguel Anxo Fernán Vello neste artigo publicado recentemente no xornal Galicia Hoxe:
Unha e outra vez, por mor da actualidade, claro é, presentadores de TV e locutores de radio de media España, todos eles xornalistas profesionais, teiman en pronunciar Artur -evidentemente, para se referir ao novo presidente da Generalitat- cargando o acento na primeira sílaba do nome, e resultando así que o que soa é Arthur ou Ártur, pronunciado á inglesa. E o mesmo acontecía co lembrado Ernest Lluch, cuxo nome propio en boca da maioría dos profesionais españois da comunicación pasaba a ser Érnest. Os xornalistas de TV son capaces de pronunciar correctamente os nomes de George Clooney ou Arnold Schwarzenegger, mais amósanse impedidos de lle conceder ao nome catalán do Molt Honorable a súa verdadeira e correcta pronuncia sendo como é palabra aguda. Ao escritor portugués José Saramago practicamente nunca lle pronunciaron en España o seu J portugués de nacemento e procedencia e a Paulo Coelho señoritas e señoritos parlantes nas canles televisivas españolas adoitan convertelo case sempre en Coelo. ¿Tan difícil resulta, e máis para xornalistas que chegan coa súa voz a millóns de persoas, pronunciar os nomes cataláns ou portugueses de xeito correcto? O certo é que diante tanta teima recorrente en pronunciar mal os nomes e apelidos (vexan tamén aí Cárod por Carod) de cataláns, portugueses e galegos (Tokso ou Tosio por Toxo), un chega a pensar que os xornalistas españois, con moi poucas excepcións, ou son irrespectuosos con certos nomes que consideran alleos ou practican unha sorte de ignorancia que manda chover na Habana. ¿Por que son capaces de pronunciar a palabra show ou Wa-shington e se revelan incompetentes para proferir correctamente Xunta, que pasa a ser na maioría dos casos Ksunta? As Academias da Lingua desta vella Iberia (cinco, contando coa portuguesa) ben poderían dicir atinado algo ao respecto. Porque falar mal, tan mal como se fala, non é só un exercicio de ignorancia e de incompetencia, é tamén un grave desprezo ás nosas culturas e aos nosos idiomas.
Centos de pessoas dérom-se cita hoje na Alameda de Compostela na manifestaçom convocada contra a visita do papa Bento XVI à capital galega. A marcha foi impedida por numerosos efectivos da polícia espanhola, que despregárom um amplo dispositivo em Porta Faxeira e na Praça do Toural. A gente mantivo-se concentrada desde as 20h30 até as 21h30 aproximadamente, baixo as palavras de ordem "Visita papal, estado policial", "As cruzes vam com as porras" ou "Ratzinger nom te esperamos". O manifesto afinal da concentraçom, lido por um membro de Crentes Galegos, foi acolhido com grandes aplausos.
Quando a concentraçom estava a disolver-se, com numerosos grupos de gente abandonando a Alameda, produziu-se umha carga policial sem mediar qualquer incidente de por médio, fugindo a gente cara a Praça de Maçarelos e pola Senra arriba. Nestes momentos ainda nom se sabe qual é o número de feridos. Perto da Praça da Galiza, num beco sem saída, três policiais sinalárom para um repórter de Galiza Contrainfo, dizendo-lhe que "já estavas avisado", para a continuaçom golpeá-lo nas pernas e na vídeo-cámara. Nesses momentos um companheiro de outro meio acudiu a ajudá-lo, sendo ameaçado também.
Na Praça do Pam, onde se achava um dos ecráns gigantes colocados polo Jacobeu, houvo numerosos distúrbios, disparando os policiais bolas de borracha. Nesses momentos também houvo cargas em Porta do Caminho, subindo várias carrinhas por Casas Reais. Sobre as 22h00 um grupo numeroso de manifestantes voltou reunir-se na Porta do Caminho, onde cinco carrinhas rodeárom os acessos. Um grupo de manifestantes curtou a rua de Sam Pedro cruzando vários contentores. Um grupo de polícias de choque dirigiu-se entom ao popular Bar 'As Duas', golpeando a porta até que as proprietárias se vírom obrigadas a baixar as reixas. Em Porta do Caminho continuavam as palavras de ordem de "Fora as forças de ocupaçom" e "Visita papal, estado policial", juntando-se numerosos transeuntes aos protestos em vista do descontrolo total da polícia espanhola. As numerosas carrinhas estacionadas na rua rematárom por provocar problemas de circulaçom, sendo um condutor mesmo ameaçado por um agente antidistúrbios, golpeando-lhe o automóvel com a porra. Ao pouco produziu-se umha nova carga, golpeando o jovem R.S.I. na cabeça produzindo-lhe umha brecha da que está a ser atendido nestes momentos [ver a imagem das companheiras de Galiza Contrainfo]. Quatro mulheres e dous homens fôrom retidos durante vários minutos para serem identificados, enquanto a rua de Sam Pedro voltava a ser cortada pola acçom de pequenos grupos. Os agentes, que se negárom a identificar e levavam o número de placa oculto, rematárom por deixarem em liberdade as seis pessoas detidas, levando ilegalmente a documentaçom dumha delas. Pouco antes de chegar a ambuláncia os policiais marchárom nas carrinhas entre os assobios da gente, e berros de "marchade para Espanha!".
Incidentes pola manhá na Zona Velha: "o me hablas en español o te llevo a comisaría"
Durante o meio-dia de hoje, de 12 a 14 horas, a AMI de Compostela manifestou-se pola zona velha, portando várias pessoas lemas como "A vossa moralidade contra a nossa liberdade", "Ratzinger = Nazi" ou "Viva Galiza Ceive e Laica". Ao entrarem na Praça da Quintá um grupo de agentes da polícia espanhola identificou-nos entre ameaças: "te voy a partir la cara por listillo", dixo-lhe a um dos jovens. Durante a identificaçom umha moça deu-lhe o número do bilhete de identidade em galego, recebendo como resposta um "o me hablas en español o te llevo a comisaría". A moça, ao repetir em galego o seu número de B.I., viu como o agente visivelmente enfurecido, lhe atirou o caderno no que tinha apontado o número ao chao, entre berros de "a mi me hablas en español que estoy en mi país". Dous viandantes que ficárom a observar o incidente fôrom identificados também, e retidos o mesmo tempo que os independentistas. Um jornalista do El País que estava a fotografar o acontecido também foi fotografado. Depois disto proibírom-lhe a entrada no Obradoiro. Segundo um dos jovens da AMI, está é "umha mostra mais da repressom estatal à mocidade independentista, acentuada pola visita do Chefe de Estado do Vaticano".