terça-feira, 1 de setembro de 2009

O nacional-catolicismo no governo da Junta de Galiza ()

Por J. Alberte Corral Iglesias

Hoje na Galiza o governo OPUS/PP está levar a cabo a política etnócida mais agressiva contra Nós, os galegos, que houvo no País desde a desapariçom formal do Regime nacional-católico. Toda a política desta seita político-clerical tem como objectivo restaurar a simbiose Estado-Igreja, que sempre foi a estrutura predilecta polo papado para manter o seu controlo sobre povos. A financiamento dos colégios privados da mesma seita, onde se esta a levar a segregaçom por sexo no ensino, o feche de ajudas financeiras e a multiplicaçom de travas aos grupos de recuperaçom dos restos dos assassinados polo fascismo soterrados em montes e gáveas, ecétera,... som depoimento fidedigno do afirmado.

Ninguém nestas alturas nega a importância do ensino e da educaçom no seu conjunto como uns dos aparelhos mais importantes na funçom reprodutora da ordem imperante nas sociedades divididas em classes. Este papel fulcral na conformaçom do imaginário colectivo tenhem-no nídio todas as religions, por isso o seu interesse em controlar o processo educativo em todas as sociedades.

Um dos eixos do domínio ideológico da monarquia sacerdotal vaticana é o monopólio do ensino para as classes medias, de onde saíram a maioria dos universitários e futuros “capatazes” da sociedade, e também a sua Guarda Pretoriana, a alta burocracia estatal que exerce os poderes coercitivos do Estado, controlando na prática ao mesmo. Seria bom o conhecimento pola cidadania, quantos membros dos Estados Maiores dos Exércitos espanhóis, da Judicatura, da Banca, Pessoeiros políticos pertencem a seitas como o OPUS DEI ou outras semelhantes, estudárom em centros de dirigidos e controlados polos libertados políticos do Estado Vaticano (clérigos); e quantos dos mesmos estudárom no ensino público.

A cristalizaçom desta burocracia em casta é um feito estrutural do Estado espanhol. Determinados apelidos som um constante – alguns desde faz séculos – na Judicatura, nos Exércitos, na Banca. A perda do controlo na formaçom destas capas sociais e dos estamentos médios da sociedade é sempre “caussa bellium” para a monarquia sacerdotal. Os exemplos históricos som infindos: a contra-revoluçom espanhola dos 36, Chile... Hoje Venezuela, ecétera.. Já Engels na sua obra “A situaçom da classe operária na Inglaterra” assinalava:

... que a memória das crianças sai trabucada com dogmas incompreensíveis e distinçons ideológicas; que o ódio de seita e a beatice fanática se esperta neles bem cedo, e a educaçom sensata, intelectual e moral é descuidada...

O sempre esclarecedor intelectual e revolucionário, Lenine, lembra-nos na sua obra “Problemas da política internacional e internacionalismo proletário”, que a escola nom é um âmbito alheio à luita de classes, nom é útero onde a totalidade social nom opere:

Em toda sociedade capitalista, qualquer luita séria leva-se a cabo antes de nada nos âmbitos económicos e políticos. Afastar desta luita a questom das escolas é, em primeiro termo, umha falácia absurda, pois nom é possível afastar a escola (o mesmo que a “cultura nacional” em geral) da economia e da política.

Nom podemos esquecer que hoje estamos a viver tempos de globalizaçom totalitária no que ao saqueio puro e duro da riqueza colectiva através das privatizaçons é chamado eficiência económica; a deserçom política: modernizaçom; a peculiaridade espanhola de re-clerilizaçom da sociedade: liberdade. Todas estas falsidades e mentiras som expostas polos “mass média” e os seus alcaiotes como fitos de vanguarda, construindo o imaginário preponderante que consolida o poder do bloco de classes dominante sobre a totalidade social. Este imaginário unificador e coesivo nom se conformam num todo comum, a homogeneidade é proporcionada polos diferentes níveis de ideologia: a filosofia, o folclore, o senso comum e a religiom, etc...

O bloco histórico que sempre há conformado no Estado espanhol a Igreja-Alta Burocracia clerical constituem o que podemos entender como “a sociedade civil“ que garante a hegemonia político-cultural dos interesses da grande burguesia espanhola e do Vaticano. Para estes conquerir essa hegemonia, é indispensável a aceitaçom deste domínio por parte das classes populares com a sua aquiescência passiva ante concepçons apresentadas como “naturais”, quando em realidade som a violentaçom de toda racionalidade. O consenso em torno as ideias de dominaçom é imprescindível para manter esta hegemonia. E no caso particular dos galegos, a perda da nossa dignidade como colectivo é o objectivo fulcral e ideia central do governo clerical que hoje está na Junta da Galiza. Rachar o imaginário unificador que novamente nos tentam impor, obriga-nos a todo galego livre e cidadá a ser presente como beligerantes nos eidos dos que formamos parte no nosso devagar existencial.

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